O Grande Desapontamento

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Hoje, vamos abordar um tema importante: o cálculo errôneo dos Adventistas do Sétimo Dia em relação à volta de Jesus. Esse cálculo se baseou no livro de Daniel, capítulo 8, versículo 14. Mas será que é realmente possível determinar o dia da volta de Cristo para buscar Sua igreja? Vamos explorar o que a Bíblia nos diz sobre isso.

O Versículo 13 e 14 de Daniel Capítulo 8 nos diz: “Depois ouvi um santo que falava e disse outro Santo, aquele que falava: ‘Até quando durará a visão do sacrifício contínuo e da transgressão assoladora para que sejam entregues o santuário e o exército a fim de serem pisados?’ E ele me disse: ‘Até 2.300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado’.”

Com base nesse versículo, os Adventistas do Sétimo Dia construíram uma interpretação que tentava determinar o dia da volta de Cristo para resgatar Sua igreja. No entanto, essa abordagem é, sem dúvida, equivocada. A própria Palavra de Deus nos alerta sobre a impossibilidade de conhecermos o momento exato da volta do Senhor.

Em Mateus 24:36, Jesus nos ensina: “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente o meu Pai.” Essa passagem deixa claro que mesmo os anjos não possuem esse conhecimento, apenas o Pai.

Em 1843, Samuel Snow, amigo de Guilherme Miller (o pai intelectual e espiritual do adventismo) profetizou a volta de Cristo para 22/10/1844, porém, como era de se esperar, nada aconteceu. A frustração ficou conhecida como “O Grande Desapontamento” e, para justificar o erro, os adventistas fizeram novos cálculos e apresentaram uma nova interpretação do texto em análise: a.) o santuário a ser purificado seria a terra e b.) a purificação se faria pelo fogo, relacionado com a segunda vinda de Cristo.

Esses equívocos levaram os Adventistas a desenvolverem doutrinas que divergem da teologia bíblica, como o juízo investigativo. No entanto, é fundamental discernir entre interpretações humanas e a verdade inalterável das Escrituras.

RESPOSTA APOLOGÉTICA:

Não devemos especular e marcar datas para a vinda de Jesus (Mt 24.36; Mc 13.32; At 1.7). Com base nos fatos históricos e na interpretação correta de todo o contexto dos versículos em estudo, pode-se dizer que o carneiro com duas pontas (v. 3) representava o rei da Média e da Pérsia (v. 20); o bode (v. 5), o rei da Grécia (v. 21); a derrota que o bode infligiu ao carneiro (v. 7,8). a vitória da Grécia sobre a Média e a Pérsia; as quatro pontas que saíram do bode (v. 8), os quatro reinos em que foi dividido o império grego com a morte de Alexandre (1 Macabeus 1.1-9), constituídos por quatro generais: Cassandro, Ptolomeu, Seleuco e Lisímaco (v. 22).

A ponta pequena que surgiu de uma das quatro pontas (v. 9) representava o rei feroz de cara (v. 23). Antíoco Epífanes IV. que entrou em Jerusalém com astúcia, profanou o templo com sacrifícios de porcos e introduziu uma estátua de Júpiter no templo (v. 11,12. tb. 1 Macabeus 1.11, 17-28, 30-35). O santuário foi purificado por Judas Macabeu (1 Macabeus 4.36-54). A festa da dedicação, em João 10.22, lembra este acontecimento da história do povo judeu. Desse modo, as 2.300 tardes e manhãs têm relação com o período em que o templo foi profanado por Antíoco Epífanes IV. Os sacrifícios realizados duas vezes por dia profanaram o santuário por 1.150 dias literais (Nm 28.1 -3).